Redes Sociais – Artigo

O ser humano tem a necessidade de comunicar-se. Normalmente o homem está em comunicação com algum outro ser da mesma espécie, porém na falta de um, a necessidade fala mais alto e é possivel ver pessoas conversando com seres irracionais ou até mesmo inanimados. Essa necessidade é intrínseca do ser humano, e como sabemos que a ciência existe para suprir necessidades do ser humano, a tecnologia vem se desenvolvendo ao longo dos anos em prol da comunicação.

Ao decorrer dos anos, o desenvolvimento da internet foi fundamental para a comunicação em alta velocidade, e como a maioria das tecnologias criadas pelo homem, a internet virou sinônimo de lazer. Quem não tem twitter, facebook, orkut, myspace, um blog, um fotolog, um formspring, uma conta no youtube, umas fotos no picasa ou flickr, participa de um fórum? Eu sei, você pode até não acessar todas essas coisas, mas pelo menos uma delas acredito que você participe no seu horário de almoço no trabalho, afinal você está no Blog da Tribo do CI.

Já é comum marcar encontros, conhecer pessoas novas, criar grupos de discussão, gerenciar equipes de trabalho, tudo pela internet. Isso gera toneladas de conteúdo “inútil” na internet, além de expor consideravelmente a privacidade das pessoas ao mundo, podendo provocar situações indesejadas, como fim de casamento, fim de amizade e até mesmo fim de vidas!

Muitas empresas tem uma visão legal de mercado, e conseguem enxergar que o dinheiro está na opinião da massa, e se a massa acessa a internet, é inadimissível uma grande empresa não participar. Por este fato tornou-se comum seguir o g1 (site de notícias) no twitter, entrar na comunidade de orkut do seu ídolo e concorrer a prêmios ou inscrever-se no canal do youtube do seu cantor predileto. Mas uma coisa inédita vem acontecendo. Nas eleições de 2010, chegou a vez dos políticos entrarem na onda da internet. O TSE definiu algumas poucas regras de uso de internet, e no geral deu carta branca para políticos usarem a rede para campanha. Isto foi uma ideia plagiada das eleições norte americanas, onde Barack Obama usou e abusou da maior rede de comunicação existente para eleger-se em 2008. A idéia magnífica começou por José Serra e não muito depois foi aderida por quase todos os pré-candidatos a qualquer cargo de política. Serra tem hoje mais de 200 mil seguidores no twitter, que é a rede social mais explorada pelos políticos.

As redes sociais, que a princípio eram apenas um serviço extra das empresas que as disponibilizavam, hoje é produto de alto lucro, onde o usuário final as vezes nem percebe que contribui para o enriquecimento da empresa, simplesmente usando tal ferramenta, porque a forma de ganhar dinheiro é basicamente igual a da televisão: Propaganda! Para os nomes de uma empresa que aparece em um site que tem anúncio, geralmente é cobrado aproximadamente R$ 2,00 por cada mil vezes que a empresa aparece no site, dependendo do tipo do anúncio. Agora deixo com vocês a icógnita, quantas vezes por mês você acessou seu orkut, o anúncio de uma empresa foi mostrado, e a google ganhou dois reais dessa empresa? O orkut tem uma média de 80 milhões de usuários ativos, ou seja, que vem sua pagina inicial com uma frequencia considerável. Ok Vamos deixar a contabilidade pra outra hora.

O grande problema das redes sociais é o mal do ser humano: A curiosidade em saber o que se passa na vida do próximo. Com dados pessoais disponíveis ao mundo, é muito fácil as pessoas te encontrar, e partindo do princípio que algumas pessoas não tem boas intenções, não é muito interessante esse aglomerado de conteúdo. O que deve ser levado em consideração então é isso, até onde vale esse lazer, até que ponto da sua vida é seguro compartilhar na internet, quem será a pessoa do outro lado do monitor que estará sabendo tudo sobre você e com vontade de te fazer uma surpresa na semana que vem? Pense nisso, e da mesma forma que o sexo, use a internet com segurança.

Sheldon Led – Tribo do CI

Publicado por

Sheldon Led

Desenvolvedor e palestrante desde 2009. Já trabalhou com sistemas legados e software de gestão, mas hoje atua somente com web. Já participou do desenvolvimento de alguns portais governamentais e sites utilizando a plataforma Joomla e WordPress. Apesar de ser um desenvolvedor full-stack, tem focado seus estudos em tecnologias front-end e busca apoiar e colaborar em projetos envolvendo Software Livre, seja em eventos, material para estudo ou contribuição de código.