Dica rápida: campo de senha

É muito legal e causa muita confusão aos leigos (bem leigos) preencher o campo de senha em um formulário. Eu já fui professor de idosos e eles sempre ficavam intrigados por digitarem e, na verdade, só aparecer bolinhas na tela. Com a popularização dos smartphones essa prática deve ser repensada.

Não significa que o campo de senha tem que ser abolido, pois ele impede que quem quer que esteja ao seu lado saiba sua senha. No smartphone o campo de senha não é prático por dois motivos básicos:

  • O usuário quase sempre erra o que digita no celular, e não tem como ele checar sua senha.
  • Não é tão seguro assim para o curioso ao seu lado, pois ao pressionar o teclado, a letra aparece na tela por uma fração de segundo antes de virar uma bolinha.

A solução mais simples e mais usada para isso é deixar o campo de senha como está, e incluir uma opção de mostrar a senha. Assim o usuário pode digitar a senha mais à vontade e depois dar uma conferida se digitou corretamente. Essa prática se tornou tão comum que a microsoft a adotou como padrão em todo campo de senha do Windows 8.

Em 2016 eu iniciei uma idéia maluca de criar o projeto #366DailyCode, que consiste em publicar 1 pedaço de código JavaScript por dia (geralmente um problema ou algoritmo conhecido). Isso é assunto para outro post, o fato é que eu tornei essa opção de mostrar a senha o código do dia 14/01/2016. Você pode checá-la em prática abaixo:

See the Pen #366DailyCode #Day14?—?Input type password by Sheldon Led (@sheldonled) on CodePen.

FULLSTACK API – Ou o que aprendi com o MEAN.

Muito se ouve falar de API’s, e termos como API First, ou Offline API. É um conceito muito bacana, do qual não vou entrar em detalhes aqui pois basta você pesquisar um pouco e achará centenas de artigos falando sobre isso, em Portuguêsem Inglês, ou qualquer outra língua. Não só porque tem muito material já disponível, mas porque esse material disponível já descreve muito bem sobre isso, então eu só quero detalhar um pouco do que eu aprendi, sabendo que talvez não acrescentará em nada, mas pode ajudar quem esteja começando, assim como eu.

Eu sou uma pessoa que estuda pouco, porém sobre muitas coisas, e só entro em mais detalhes quando preciso. Então muita gente me acha inteligente, mas sou apenas curioso, e foi assim que, há um tempo atrás eu precisei/quis aprender NodeJS e AngularJS. Foi quando eu descobri a STACK (conjunto de tecnologias para se desenvolver determinada solução) MEAN (MongoDB, ExpressJS, AngularJS e NodeJS).

Esse termo (MEAN) é muito conhecido, basta você “googlar” e verás. Mas o que está por trás dessa ideia, eu (e creio que todo mundo que estudou o MEAN) descobri rapidinho: trabalhar com API. Mas que diabos é trabalhar com API? Também não vou entrar em detalhes, mas basicamente, nesse contexto que estamos inseridos, ao trabalhar com API, você cria um conjunto de rotinas/funções/métodos padrão, e isso vai ser o núcleo (core) do seu sistema. A partir de então, você desenvolve um elo entre o usuário e o core do seu sistema, esse elo é chamado de Cliente. Se sua API está online (de novo, no contexto desse artigo, presumiremos que sim), então você pode fazer vários tipos de clientes para acessá-la, como, cliente web, para Android, iOS, para Windows, Linux etc.

api first

Esse negócio de se trabalhar com API começou com grandes softwares. Eu vi, pela primeira vez, em redes sociais, como Twitter e Facebook. Isso foi testado e aprovado por programadores, que foram passando essa experiência ao longo dos anos e hoje em dia é uma tendência altíssima trabalhar dessa forma. Sendo assim, vamos somente recapitular, alguns benefícios de se construir o seu software no formato API:

  • Multiplataforma: também pode ser entendido como generalismo. É muito mais fácil criar uma versão de seu software para uma outra plataforma, pois o core do seu software já está pronto, de forma genérica, basta criar o cliente na plataforma desejada, para conversar com ele.
  • Consistência: Existe um padrão, único, no seu software, e todos os objetos e a arquitetura do seu software já estão bem definidos.
  • Modularidade: É muito mais fácil dividir seu software em módulos, ou em níveis de acesso, e distribuir essa divisão entre os clientes, pois você praticamente alterará somente um lugar

Voltando ao MEAN, você acha facilmente artigos para aprender essas tecnologias, eu particularmente gosto desse artigo da Caelum. Mas se você parar para pensar, o que é o MEAN?

  1. Um banco de dados (MongoDB)
  2. Uma biblioteca para obtenção, tratamento, roteamento etc, das requisições dos clientes (ExpressJS)
  3. Uma biblioteca para se construir seu cliente, nesse caso, web (AngularJS)
  4. Um servidor web (NodeJS)

Então porque o MEAN ficou tão famoso? Pelo fato de que, ao se trabalhar com qualquer uma dessas tecnologias, você só precisa ter conhecimento JavaScript, pois tudo o que mencionei é baseado nessa linguagem. Mas para trabalhar com API, não necessariamente você precisa pegar uma STACK pronta, você pode adaptar o que você já está acostumado à ideia de API.

Pensando nisso, eu peguei as tecnologias mais comuns (LAMP – Linux, Apache, MySQL e PHP) e adaptei à ideia de API. Transcrevendo a ideia do MEAN, o Apache preenche o item 4, o PHP preenche o item 2, o MySQL preenche o item 1 e o item 3 pode ser preenchido por qualquer biblioteca cliente que você quiser, inclusive o próprio AngularJS. Então meu MEAN virou um MPAA (MySQLPHPAngularJS, Apache).

Nessa ideia, eu criei uma webapp que faz a mesma coisa que o exemplo do artigo da Caelum, e disponibilizei para qualquer um poder estudar e aprimorar a ideia. Segue os links:

  1. Exemplo de aplicativo usando MEAN;
  2. Exemplo de aplicativo usando MPAA;

Espero que esses links possam ajudá-lo nos seus estudos.

 

As três eras do computador

 evolution of geektambém escrevi este artigo em inglês, no medium.

Recentemente li o livro A cabeça de Steve Jobs – Leander Kahney, e vi uma informação super interessante: Jobs concluiu que o computador teve, nos últimos 30 anos, 3 eras de ouro.

A primeira era começa em meados da década de 1980, com a criação de softwares de planilha eletrônica e processamento de texto, essa foi a era da produtividade; Essa era durou cerca de 15 anos até o início da nova era, no início dos anos 1990: a era da Internet; Essa era evoluiu até chegarmos na terceira era de ouro do computador: A era do estilo de vida, onde os computadores deixaram de ser produtos e passaram a fazer parte da experiência de vida de seus usuários.

Ler isso foi muito bacana pra mim, principalmente porque cruzei essa informação com outra que ouvi de um professor. Certa vez em uma aula comum, meu professor nos disse que toda tecnologia tem três etapas de evolução, geralmente ela nasce com o intuito de guerra, depois passa para o ecossistema comercial, até amadurecer o bastante para chegar ao nível do entretenimento.

É possível enxergar essas 3 etapas de evolução no avião, no carro, em certos armamentos (que hoje são usados para caça),  e com certeza na computação. Jobs ainda conclui a ideia falando que o computador hoje é uma espécie de HUB digital.  Segundo ele, nós temos câmeras digitais, mp3 players (na verdade ele só lembrou o iPod), e a internet, tudo isso troca conteúdo entre si usando o computador como base.

Essa declaração foi no início dos anos 2000, e como você pode ter percebido, está um pouco defasada. Hoje o computador ainda tem papel de hub digital, mas os smartphones estão cada vez mais tomando este papel. Nós temos câmeras digitais, mp3 players e internet tudo no celular. E ainda aplicativos que permitem tratar a informação recebida ou enviada.

Hoje o mundo vive uma era da Integração Vertical, onde hardware, software e serviço estão interligados de maneira magnífica. Se você comprar (quase) qualquer aparelho eletrônico, ao ligá-lo, será pedido uma conta, e através dessa conta (quase) tudo que for seu ficará personalizado à você. Isso acontece com celulares, tablets, computadores (principalmente Windows), algumas câmeras, tudo isso está interligado via login/senha.

Eu penso que o ‘i’ da Apple (iPhone, iPad, iMac, iPod) queira dar a ideia de Eu+aparelho, enfatizando o lance do estilo de vida, mas parece que, cada dia mais, existe um EU virtual, cada vez mais personificadamente real, porém virtual, em algum lugar na nuvem da internet, ao ponto que, ela por si só, nos define.